Mercado de games fatura bilhões de dólares no país e tem atraído cada vez mais investimentos
Games – O mercado de e-sports e jogos eletrônicos segue em expansão no Brasil, consolidando o país como um dos principais polos gamers do mundo. Com um faturamento de US$ 2,7 bilhões em 2021 e mais de 103 milhões de jogadores, o Brasil já figura entre os 15 maiores mercados do setor, segundo dados da Newzoo.
A América Latina, inclusive, superou pela primeira vez a América do Norte em número de jogadores em 2023, com 355 milhões contra 244 milhões. Rodrigo Terra, presidente da Abragames, destaca que o potencial de crescimento no Brasil e na região é significativo, especialmente diante da saturação nos mercados tradicionalmente dominantes.
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“Em 2023, pela primeira vez o número de jogadores na América Latina superou o da América do Norte. Isso acontece porque há uma estagnação no número de jogadores, não só nos EUA como na Europa. Esse número tem o potencial de aumentar muito no Brasil e na América Latina, por isso eu acredito que esse mercado vai olhar para o Brasil com mais interesse nos próximos anos”, afirmou Terra.
Games lideram entretenimento
Os jogos eletrônicos já são a maior indústria de entretenimento do planeta. Em 2024, estima-se que o setor tenha gerado US$ 187 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão), valor mais de cinco vezes superior ao do cinema (US$ 30,5 bilhões) e da música (US$ 29,6 bilhões).
No Brasil, o cenário também é promissor: 73% dos brasileiros consomem jogos eletrônicos, e metade se identifica como gamer, de acordo com a Pesquisa Games Brasil 2024. O smartphone é a plataforma preferida para 48,8% dos jogadores.
Crescimento de estúdios e profissionais
O número de estúdios nacionais de games disparou 683,4% em uma década, passando de 133 (2014) para 1.042 (2024). O Sudeste concentra 56% desses estúdios, com São Paulo (302), Rio de Janeiro (107) e Rio Grande do Sul (69) na liderança. A mão de obra também cresceu: entre 2021 e 2023, o número de profissionais subiu 6,3%, de 12.441 para 13.225.
Marcas se aproximam dos gamers
Empresas têm investido em estratégias para conquistar a comunidade gamer, conhecida por ser engajada e exigente. A Gamers Club, plataforma fundada em 2015, atua como intermediária entre grandes marcas e os jogadores.
“Evoluímos nosso negócio ao trabalhar com parceiros que buscam contanto direto com a nossa comunidade e nosso papel é atuar como elo. Essa visão fez a gente desenvolver parcerias com marcas líderes em suas categorias como Red Bull, Logitech e Samsung, o que nos ajuda a continuar oferecendo experiências, benefícios e iniciativas únicas para esses jogadores que fazem parte do nosso ecossistema”, explicou Gui Barbosa, diretor de Parcerias da Gamers Club. “Em contrapartida, nossos parceiros se beneficiam com esse canal direto com essa base de jogadores consumidora e qualificada, onde a nossa influência e credibilidade contribuem para que essa relação seja orgânica”.
Kabum e Magalu apostam no setor
Em 2021, a Magalu reforçou sua presença no mercado ao adquirir a Kabum, principal e-commerce especializado em games, por R$ 1 bilhão. Marcelo Fadul, head de Branding da Kabum, destacou a diversidade do público gamer:
“O mercado de games sempre foi diversificado, o que nos fez enxergar além do estereótipo. Hoje, este mercado está ainda mais consolidado, mas sempre existiram diversas modalidades de gamers”, afirmou. “Procuramos falar com todo tipo de gamer, seja casual, hardcore ou profissional. Temos criado diversas ações no âmbito de marketing para impactar o meio e topo de funil da nossa audiência, por meio de campanhas e influenciadores bem diversificados com públicos de interesse”.
(Com informações de Isto é Dinheiro)
(Foto: Reprodução/Freepik/Frolopiaton Palm)