Relatório aponta média de 3.348 ataques semanais por organização em novembro de 2025, impulsionados por ransomware e pelo uso de IA generativa
Cibersegurança – O Brasil registrou um avanço significativo no volume de ataques cibernéticos em novembro de 2025, consolidando-se como um dos principais alvos da criminalidade digital no mundo. De acordo com relatório global da Check Point Research, o país alcançou uma média de 3.348 ataques semanais por organização no período, número que representa um aumento de 17% em relação a outubro.
O índice brasileiro supera com folga a média global, que ficou em 2.003 ataques semanais, e também ultrapassa a média da América Latina, de 3.048 incidentes. Os dados revelam uma escalada consistente das ameaças digitais, associada principalmente à adoção crescente de inteligência artificial generativa e à intensificação de ataques de ransomware.
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No cenário nacional, os setores mais afetados foram saúde, governo e educação, com a área da saúde liderando o número de ataques registrados. Esses segmentos concentram grandes volumes de dados críticos e informações pessoais sensíveis, o que os torna alvos frequentes de cibercriminosos, especialmente diante de infraestruturas digitais muitas vezes vulneráveis.
Em âmbito internacional, o setor educacional foi o mais atacado, seguido por saúde e governo. O padrão evidencia uma pressão global crescente sobre áreas que lidam com dados estratégicos, intensificada pelo ritmo acelerado da transformação digital.
O relatório também aponta o avanço do ransomware como uma das principais ameaças atuais. Em novembro, o número de incidentes desse tipo cresceu 22% em comparação ao mesmo período do ano anterior, com impacto relevante sobre setores como a manufatura industrial. A elevação reflete a sofisticação das técnicas utilizadas pelos criminosos, que exploram rapidamente novas vulnerabilidades em sistemas corporativos.
IA vira arma em mãos erradas
Outro elemento que agrava o cenário é o uso intensivo de inteligência artificial generativa pelas empresas. Embora essas ferramentas ampliem a eficiência e a automação, elas também aumentam o risco de vazamentos de dados críticos. Segundo a Check Point Research, a IA generativa vem sendo empregada na criação de ameaças automatizadas, como ataques de phishing e exploits de zero-day, tornando a detecção e a resposta a incidentes ainda mais complexas.
No panorama global, a América do Norte permaneceu como o principal polo de origem de ataques cibernéticos. Os Estados Unidos responderam por 52% dos incidentes, seguidos por Reino Unido e Canadá. Embora o Brasil esteja entre os países mais atacados da América Latina, o volume registrado reforça a necessidade urgente de fortalecimento das defesas cibernéticas no país.
O relatório também indica uma tendência mundial de ataques cada vez mais direcionados a dados sensíveis, evidenciada pelo aumento expressivo de solicitações de IA para acesso a sistemas corporativos em novembro. O risco vai além do comprometimento de informações estratégicas, podendo resultar na paralisação de operações essenciais de empresas e órgãos públicos.
Os dados de novembro de 2025 reforçam a gravidade do cenário de cibersegurança no Brasil e no mundo. Com mais de 3.300 ataques semanais por organização, o país enfrenta um ambiente digital cada vez mais complexo e hostil. A combinação entre o crescimento do ransomware e a expansão do uso de inteligência artificial amplia os desafios para profissionais e gestores de TI.
Diante desse contexto, organizações brasileiras precisam investir em estratégias de defesa mais robustas e em tecnologias avançadas para mitigar riscos e proteger dados sensíveis. Seja no enfrentamento do ransomware ou das vulnerabilidades associadas à IA generativa, o fortalecimento da cibersegurança tornou-se uma prioridade inadiável, exigindo vigilância constante e atualização contínua das medidas de proteção.
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(Com informações de IT Show)
(Foto: Reprodução/Freepik/Imagem gerada por IA)