Maioria dos jovens entre 17 e 27 anos já utiliza ferramentas de inteligência artificial; principais benefícios incluem ganho de tempo e eficiência na análise de dados
Geração Z – Mais de três em cada quatro jovens da Geração Z já utilizam a inteligência artificial em suas rotinas pessoais e profissionais. A constatação é do estudo “How can we upskill Gen Z as fast as we train AI?”, conduzido pela EY em parceria com a Microsoft, que revela que 76% dos entrevistados dessa geração já experimentam ou fazem uso regular da tecnologia.
O levantamento divide os usuários de IA em três perfis. Os chamados “usuários variados” representam 61% dos entrevistados e são aqueles que utilizam a IA em uma ou mais das oito atividades monitoradas.
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Já os “super usuários”, que somam 15%, recorrem à tecnologia em todas essas atividades com frequência diária, semanal ou mensal. Por outro lado, 24% são classificados como “retardatários”, grupo que não usa ou usa raramente a IA.
A expectativa de crescimento no uso da inteligência artificial é alta. No ambiente profissional, 58% dos entrevistados afirmaram que pretendem aumentar bastante ou um pouco a utilização da IA no próximo ano. No âmbito pessoal, esse percentual é de 51%.
A pesquisa ouviu 5.218 jovens de 17 a 27 anos em diversos países, sendo 10% da amostra formada por brasileiros. De acordo com os dados, 59% dos participantes avaliam que sua situação econômica é semelhante à de outras pessoas da mesma faixa etária em seus respectivos países.
A Geração Z, nascida entre 1997 e 2007, começa a ocupar espaços relevantes na universidade e no mercado de trabalho. A projeção é que, até 2030, essa geração represente 30% da força de trabalho global.
Economia de tempo
Entre os principais benefícios apontados no uso da IA estão a economia de tempo em tarefas repetitivas (58%), a eficiência na análise de grandes volumes de dados (53%) e a redução de erros humanos em processos importantes (41%).
O levantamento também investigou as preocupações da Geração Z em relação à inteligência artificial. Os principais riscos mencionados foram o aumento do desemprego estrutural causado pela substituição do trabalho humano (43%) e a redução da criatividade e do aprendizado (43%). A geração de informações falsas ou conteúdos enganosos apareceu logo em seguida, com 39%.
As oito atividades monitoradas na pesquisa foram divididas entre os âmbitos pessoal e profissional. No trabalho, foram consideradas: criação ou edição de conteúdo; geração de ideias; aprendizado de novas habilidades com fins educacionais ou profissionais; e aprendizado de novos assuntos com os mesmos propósitos.
Na vida pessoal, entraram: explorar a IA sem objetivo específico; buscar ajuda para questões pessoais; criação ou edição de conteúdo; e aprendizado sobre assuntos ou habilidades de interesse pessoal.
Entre os usos mais frequentes no ambiente profissional, destaca-se o aprendizado de assuntos voltados à educação ou ao trabalho (14%), seguido pelo aprendizado de novas habilidades (12%).
No âmbito pessoal, 12% usam IA diariamente para aprender sobre assuntos de interesse, e 11% para criar ou editar conteúdo. Por outro lado, 26% nunca exploraram a IA sem um objetivo definido, e 24% nunca usaram a tecnologia para criação ou edição de conteúdo.
(Com informações de TI Inside)
(Foto: Reprodução/Freepik)