Atualização trouxe melhorias pontuais em codificação e pesquisas, mas especialistas apontam superinteligência segue distante
GPT-5 – O lançamento do GPT-5, mais recente atualização do ChatGPT da OpenAI, movimentou o setor de tecnologia no início de agosto. Com expectativa semelhante à que cercou o GPT-4 em 2023, a nova versão trouxe melhorias em áreas como codificação e pesquisa de tópicos complexos, mas especialistas avaliaram que o avanço não foi tão expressivo quanto se imaginava, segundo reportagem do The Washington Post.
Apesar dos progressos, o modelo ainda apresenta falhas recorrentes, como fornecer informações incorretas com confiança ou se deixar enganar por enigmas simples. Para parte da comunidade tecnológica, isso sinaliza que o caminho até uma “superinteligência” artificial é mais longo do que se projetava.
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A percepção também levantou discussões sobre previsões de líderes do setor, incluindo o CEO da OpenAI, Sam Altman, que já sugeriu a possibilidade de sistemas alcançarem nível humano em diversas tarefas.
Investidores e pesquisadores, como David Sacks e Max Winga, enxergaram o lançamento como evidência de que o salto rumo a capacidades sobre-humanas ainda está distante, embora tenham reconhecido avanços na confiabilidade e na competência do GPT-5.
O modelo também foi alvo de críticas de usuários, o que levou a OpenAI a manter o GPT-4o disponível para assinantes e a realizar ajustes na nova versão, buscando deixá-la mais “acolhedora e amigável”.
Crescimento na demanda corporativa
Apesar das ressalvas, o GPT-5 registrou forte adesão no mercado. Nas primeiras 48 horas após o lançamento, a demanda entre empresas dobrou, impulsionada pelo interesse em soluções para tarefas técnicas de maior complexidade.
Outro ponto de destaque foi o foco da OpenAI na otimização de recursos. O GPT-5 foi desenvolvido para gerenciar melhor o poder computacional, gastando menos energia em perguntas simples e mais em desafios sofisticados, com a meta de reduzir custos operacionais.
(Com informações de Olhar Digital)
(Foto: Reprodução/Reuters/Florence Lo/Agência Brasil)