Pesquisa revela que medida é aprovada por eleitores de diferentes faixas de renda e espectros políticos
Isenção de IR – Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Genial/Quaest revelou que a proposta do governo Lula de isentar do Imposto de Renda (IR) quem recebe até 5 mil mensais é amplamente apoiado pela população, com cerca de 75% de aprovação. Divulgado nesta quarta-feira (11), o levantamento destacou que a medida conta com o apoio de eleitores de diferentes faixas de renda e até mesmo entre aqueles que votaram em Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
A proposta de ampliar a faixa de isenção do IR, uma das promessas da campanha do presidente Lula (PT), foi apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no mesmo dia em que anunciou um pacote de ajuste fiscal. Atualmente, apenas quem até R$ 2,2 mil por mês está isento.
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O apoio é maior entre quem ganha mais de cinco salários mínimos, alcançando 82%. Já quem até dois, a aprovação é de 68%, enquanto 78% dos que tem renda de dois a cinco salários mínimos também apoiam a medida. Apesar da ampla aceitação popular, o anúncio gerou reação negativa no mercado financeiro. No mesmo dia, o dólar subiu e a bolsa de valores registrou queda, refletindo a preocupação de investidores com possíveis impactos fiscais.
Além da proposta de isenção, a pesquisa também avaliou a percepção dos brasileiros sobre o pacote de ajuste fiscal do governo. Somente 38% afirmaram estar cientes das medidas, que incluem mudanças em regras de reajuste do salário mínimo e contenção de despesas.
Entre os que afirmaram conhecer o pacote, 68% consideram que as medidas serão insuficientes para resolver o desequilíbrio fiscal, enquanto 23% acreditam que podem ser suficientes.
Os projetos de ajuste fiscal estão atualmente em tramitação na Câmera dos Deputados, com possibilidade de votação ainda este ano. Já a proposta de ampliação da faixa de isenção do IR não possui previsão para ser debatida no Congresso. A Quaest entrevistou 8.598 pessoas entre os dias 4 e 9 de dezembro, em 120 municípios. A pesquisa tem margem de erro de 1 ponto percentual.
(Com informações de Valor Econômico)
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