Empresa chinesa não se manifesta, enquanto especialistas questionam o fundamento das críticas da dona do ChatGPT
OpenAI – A OpenAI implementou medidas rigorosas de segurança em resposta a acusações de que a empresa chinesa DeepSeek copiou seus modelos de IA generativa. As mudanças incluem restrição de acesso a projetos confidenciais, armazenamento offline de tecnologias em desenvolvimento, verificação biométrica em áreas restritas e contratação de especialistas em cibersegurança, como Dane Stuckey (ex-Palantir) e o general aposentado Paul Nakasone.
As ações ocorrem após a OpenAI alegar que a DeepSeek usou “destilação” – técnica que transfere conhecimento entre sistemas – para criar seu modelo R1, lançado em janeiro com desempenho comparável ao GPT-4.
LEIA: 5G completa três anos no Brasil com presença em mais de mil cidades
A DeepSeek não comentou publicamente as acusações. Fontes próximas à empresa chinesa destacam que seus sistemas utilizam código aberto e métodos de eficiência computacional, sem menção a dados ou modelos da OpenAI. Enquanto isso, a comunidade de IA reage com ceticismo às alegações da startup de São Francisco.
Influenciadores e juristas apontam ironicamente que a própria OpenAI enfrenta processos por uso de dados protegidos por direitos autorais – como artigos do The New York Times – para treinar o ChatGPT. Especialistas consideram seus termos de serviço, que proíbem uso de saídas para criar concorrentes, “difíceis de aplicar legalmente”.
No cenário geopolítico, autoridades norte-americanas como David Sacks (‘czar de IA da Casa Branca’) apoiam publicamente a OpenAI, citando “evidências sólidas” de suposta cópia pela DeepSeek. Contudo, o presidente Donald Trump classificou o avanço chinês como “positivo para a inovação”.
A OpenAI nega que as mudanças sejam reação específica à rival chinesa, afirmando buscar “liderar padrões do setor”. O episódio reflete a crescente tensão tecnológica entre EUA e China, marcada por controles de exportação e alertas sobre espionagem.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Reprodução/Freepik)