Texto apresentado pelo deputado Luiz Gastão propõe jornada máxima de 40 horas semanais, mas não elimina escala com 6 dias de trabalho

Fim da escala 6×1 – Ministros do governo federal manifestaram, na tarde desta terça-feira (2), discordância em relação ao parecer do deputado Luiz Gastão (PSD-CE), que propõe a redução da jornada semanal para 40 horas sem extinguir a escala de trabalho 6×1.

O texto apresentado pelo deputado deve ser votado nesta quarta-feira (3) pela subcomissão da Câmara que analisa o tema. Caso seja aprovada, seguirá para discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

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“O governo quer aqui reafirmar aos parlamentares que a nossa posição é de fim da escala 6 por 1. Nós entendemos que tem que ter qualidade de vida na vida dos trabalhadores”, afirmou a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
Ela destacou ainda que a redução da carga horária, por si só, não é suficiente. “Não adianta só reduzir a jornada, é necessário também que os trabalhadores tenham um tempo para resolver os seus problemas, tempo de lazer, tempo de cuidar da sua família”, disse.

Gleisi estava acompanhada do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, além do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), autor da primeira PEC sobre o tema na Câmara (PEC 221/2019), e da deputada Daiana Santos (PCdoB-RS), autora do PL 67/2025, que também propõe reduzir a jornada semanal de 44 para 40 horas.

“Nós fomos surpreendidos pelo relatório da subcomissão. Então, vamos seguir defendendo essa posição do fim da escala de trabalho 6×1, sem redução do salário, no Parlamento, na sociedade, nas ruas, e dialogar com o conjunto dos parlamentares. É uma pauta aprovada por mais de 70% da população brasileira em todas as pesquisas”, afirmou Boulos.

(Com informações de Agência Brasil)
(Foto: Reprodução/Antonio Cruz/ Agência Brasil)