Investigação teve início em maio, após a prisão de especialista que ministrava as aulas online ensinando a desbloquear os aparelhos
Celulares roubados – A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta segunda-feira (17) uma nova fase da Operação Rastreio, que mira uma rede criminosa nacional especializada na receptação e revenda de celulares furtados e roubados.
A ofensiva resultou na prisão em flagrante de mais de 30 pessoas, suspeitas de participar de cursos online que ensinavam a desbloquear smartphones obtidos ilegalmente. As detenções ocorreram em diversos estados.
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A investigação teve início em maio após a prisão de Alan Gonçalves, considerado referência no desbloqueio de aparelhos e responsável por ministrar as aulas virtuais. A partir dele, os investigadores identificaram uma vasta rede espalhada pelo país, integrada por pessoas que buscavam o serviço para reintroduzir os dispositivos no mercado como se fossem legalizados.
Desbloqueio de IMEI e invasão de contas
Com diligências realizadas em 11 estados, entre eles São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Alagoas e Rondônia, e apoio das Polícias Civis locais, a nova etapa da operação cumpriu 132 mandados de busca e apreensão. O foco foram os “clientes” do especialista detido no primeiro semestre.
De acordo com o inquérito, os envolvidos forneciam celulares roubados para que fossem desbloqueados e, em seguida, revendidos como aparelhos regulares. Muitos endereços alvos da operação eram estabelecimentos comerciais, como quiosques, boxes e lojas responsáveis pela revenda dos smartphones.
O responsável pelos cursos afirmava conseguir remover IMEIs do Cadastro Nacional de Celulares com Restrição (CNCR), sistema do governo que impede a ativação de aparelhos registrados como furtados, roubados ou extraviados.
O relatório aponta ainda que parte dos investigados buscava desbloquear dispositivos para acessar dados pessoais armazenados neles. Entre as prioridades estavam aplicativos bancários, usados para transferências de valores e contratação de empréstimos sem autorização das vítimas.
Os dados coletados também eram utilizados para abrir contas em nome de terceiros, ampliando os prejuízos financeiros causados pela quadrilha.
Classificada pela Polícia Civil como a “maior operação da história contra roubo, furto e receptação de celulares do Rio de Janeiro”, a Operação Rastreio já recuperou mais de 10 mil smartphones. Desse total, 2,8 mil foram devolvidos aos donos.
(Com informações de Tecmundo)
(Foto: Reprodução/Tânia Rêgo/Arquivo/Agência Brasil)