Linhas de crédito ligadas ao Nova Indústria Brasil priorizam tecnologia, infraestrutura e startups do setor
Indústria brasileira – As linhas de fomento à inovação vinculadas ao programa Nova Indústria Brasil (NIB) – política industrial anunciada em 2023 – e executadas pela Finep, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e pelo BNDES, já aprovaram R$ 5,4 bilhões em aportes destinados a projetos com foco em inteligência artificial (IA) até setembro deste ano, segundo informou o banco público de desenvolvimento.
Desse total, R$ 3 bilhões correspondem a operações da Finep. O BNDES respondeu por R$ 2,4 bilhões, incluindo R$ 1,46 bilhão em financiamentos e R$ 947 milhões via fundos de participação, que adquirem participações acionárias, com atenção especial a startups.
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Segundo a instituição financeira, os recursos dão suporte a iniciativas em sistemas integradores e desenvolvedores – responsáveis por levar soluções de IA aos usuários finais – além de hardware, como produção de chips especializados e supercomputadores, e infraestrutura, incluindo cloud computing e data centers.
Os projetos aprovados visam, entre outros resultados, elevação da produtividade industrial, avanços na gestão de frotas para redução de custos e acidentes, aplicações em recursos hídricos – como previsão de vazões para monitoramento de rios – e combate a incêndios florestais, com câmeras inteligentes e sistemas de resposta imediata a focos de fogo.
A carteira também contempla iniciativas voltadas à área da saúde, como soluções para gestão de dados clínicos e até terapias digitais para tratamento de insônia, de acordo com o BNDES.
Para o presidente do banco, Aloizio Mercadante, os investimentos em IA “preparam o Brasil para o futuro”, pois “essa tecnologia tem o poder de aumentar a produtividade em setores de alto valor agregado, impulsionar a inovação e fortalecer a soberania tecnológica do país, garantindo que o desenvolvimento digital esteja a serviço da sociedade e abrindo mercado de trabalho com empregos de qualidade”.
Já o presidente da Finep, Luiz Antonio Elias, avalia que “o Brasil vive um momento singular para o avanço” da inteligência artificial. “Com uma política industrial clara – traduzida pela Nova Indústria Brasil – e o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), estamos construindo as bases para uma transformação profunda, que envolve infraestrutura, formação e capacitação, desenvolvimento de soluções, inclusive para melhoria dos serviços públicos, e governança, tendo a soberania tecnológica e a inclusão como pilares fundamentais”, declarou em nota divulgada pelo BNDES.
(Com informações de O Globo)
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