Cidade celebra 137 anos reafirmando protagonismo regional e atraindo bilhões em investimentos, que devem gerar mais de 25 mil empregos

Uberlândia – Uberlândia comemorou 137 anos de independência neste domingo (31) mantendo o ritmo de crescimento que a consolidou como a segunda maior economia de Minas Gerais. Com um PIB superior a R$ 43 bilhões e destaque nos setores de serviços, tecnologia e agronegócio, a chamada “Capital do Triângulo” se prepara para avançar ainda mais, principalmente nas regiões Sul e Leste, apontadas como vetores estratégicos de desenvolvimento.

Desde janeiro, a cidade recebeu mais de R$ 10 bilhões em investimentos, segundo a Prefeitura. A expectativa é de que os aportes movimentem diferentes áreas — da indústria à logística, passando por construção civil, agroindústria e inovação — e resultem na criação de mais de 25 mil empregos.

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A posição geográfica de Uberlândia é um dos fatores que mais atraem novos negócios, avalia o economista da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Filipe Prado. Para ele, a proximidade com polos industriais como São Paulo e a facilidade de conexão com Brasília e Belo Horizonte colocam a cidade em posição de destaque.

Esse diferencial logístico também é ressaltado pelo presidente regional da Fiemg no Vale do Paranaíba, José Alves, que aponta para a tendência de crescimento em direção às zonas Norte, Leste e Oeste, justamente onde se concentram as principais ligações rodoviárias com os grandes centros do país.

Sul e Leste despontam como polos de expansão

Entre as regiões em destaque, a Zona Sul aparece como principal frente de expansão, impulsionada pelo Polo Tecnológico, pela proximidade com rodovias como a BR-050 e pelo avanço imobiliário. Já a Zona Leste ganha protagonismo com a expansão residencial e com iniciativas como o projeto Granja Marileusa, que tem atraído serviços e novos investimentos.

“Observamos um dinamismo interessante na Zona Leste, impulsionada pelo crescimento residencial que naturalmente atrai serviços e comércios e ainda tem ainda o setor da Granja Marileusa, que gera uma nova dinâmica com investimentos e desenvolvimento para a região leste”, afirma Fábio Túlio Felippe, presidente da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub).

De acordo com dados do IBGE de 2021, os serviços respondem por 66,1% da economia de Uberlândia, seguidos pela indústria (31%) e pelo agronegócio (2,7%). Mas o cenário vem ganhando contornos diferentes. Este ano, foi anunciado um investimento superior a R$ 6 bilhões para a instalação do primeiro Data Center de Inteligência Artificial do Sudeste, com previsão de mais de 2 mil novos empregos.

“Tecnologia, porque é o setor do futuro. Grandes empresas da tecnologia nasceram aqui e hoje têm presença nacional. O setor tecnológico hoje está em alta”, avalia Filipe Prado.

Diversificação competitiva

A força de Uberlândia, porém, não está restrita à inovação. O município se mantém como referência nacional em logística e agronegócio, com cooperativas e tradings que movimentam bilhões em commodities.

Essa diversidade setorial, segundo a Aciub, garante resiliência econômica, mas também exige investimentos constantes em infraestrutura e planejamento urbano para garantir desenvolvimento sustentável.

Nos últimos meses, diferentes empresas anunciaram aportes na cidade, com investimentos que ultrapassam os R$ 700 milhões. Somados, os investimentos confirmam o potencial de Uberlândia em manter-se como polo de atração de negócios e oportunidades, consolidando sua posição estratégica no Triângulo Mineiro e no cenário nacional.

(Com informações de G1)
(Foto: Divulgação/ Prefeitura de Uberlândia)