Pesquisa mostra que mais da metade dos brasileiros complementa benefícios com recursos próprios para fechar o mês

VR – Benefícios conquistados após décadas de muita luta, o vale-refeição e vale-alimentação ainda não são suficientes para cobrir as despesas mensais de alimentação dos trabalhadores brasileiros. Segundo a mais recente edição do Retrato do Trabalhador Formal, realizada pela Pluxee, 62% dos entrevistados afirmaram precisar completar o valor do vale-alimentação com parte do salário. No caso do vale-refeição, 52% também recorrem ao próprio bolso para arcar com os custos.

O levantamento ouviu 1.213 trabalhadores formais entre os dias 2 e 11 de julho. Além de revelar a necessidade de complementação dos benefícios, a pesquisa apontou que os mais desejados pelos brasileiros são vale-alimentação (50%), convênio médico (45%) e vale-refeição (27%). Ainda assim, 11% dos entrevistados disseram não receber nenhum tipo de benefício adicional das empresas.

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Atualmente, o pacote mais comum inclui o vale-transporte, acompanhado de vale-alimentação com valor médio de R$ 537 por mês e vale-refeição em torno de R$ 533 mensais. A quantia, no entanto, é insuficiente diante da realidade dos preços.

Um dos exemplos é a cesta básica, que custa em média R$ 740, de acordo com o Dieese, valor 35% maior do que o benefício médio de alimentação. No caso das refeições fora de casa, o impacto é ainda maior: dados da ABBT mostram que, em 2024, o preço médio foi de R$ 51,61. Em 20 dias de trabalho, esse gasto chega a R$ 1.032, quase o dobro do que os trabalhadores recebem como vale-refeição.

De acordo com Ferdinando Gomes, gerente de Marketing Insights da Pluxee no Brasil, a preferência dos trabalhadores por benefícios básicos como alimentação e saúde revela a realidade enfrentada no dia a dia. Para ele, os resultados da pesquisa ajudam a compreender por que esses itens seguem como prioridade absoluta entre os brasileiros.

(Com informações de Valor Investe)
(Foto: Reprodução/Freepik/Atlascompany)