Legenda “Caminho para o Renascimento” busca se reinventar após fracasso eleitoral e aposta em tecnologia para gerir recursos internos
IA – Um partido político japonês anunciou nesta terça-feira que nomeará uma Inteligência Artificial (IA) como líder, depois que seu fundador renunciou em razão dos fracos resultados obtidos nas últimas eleições. A legenda “Caminho para o Renascimento”, criada em janeiro por Shinji Ishimaru, ex-prefeito de uma pequena cidade da região Oeste do Japão, não possui programa político definido e permite que seus membros estabeleçam suas próprias agendas.
No ano passado, Ishimaru surpreendeu ao conquistar o segundo lugar nas eleições para governador de Tóquio, impulsionado por uma campanha digital de grande alcance. Apesar disso, ele decidiu deixar a liderança após a legenda não conseguir nenhuma cadeira nas eleições para o Senado deste ano.
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“O novo líder será uma IA”, declarou em entrevista coletiva Koki Okumura, doutorando em pesquisa sobre Inteligência Artificial na Universidade de Kyoto, que se apresentou como assistente do novo dirigente.
Segundo Okumura, de 25 anos, que venceu as eleições internas para suceder Ishimaru, os detalhes sobre a implementação da tecnologia ainda não foram definidos. Na prática, ele assumirá nominalmente o cargo de líder. A IA, no entanto, terá como foco decisões administrativas, como a distribuição de recursos do partido, sem interferir diretamente nas atividades políticas dos filiados.
Apesar da atenção que o anúncio recebeu da imprensa japonesa, o Caminho para o Renascimento tem enfrentado dificuldades para se firmar no cenário político. Nenhum dos 42 candidatos da sigla conseguiu vencer as eleições para a Assembleia de Tóquio em junho, e todos os 10 nomes lançados ao Senado em julho também foram derrotados.
O uso da Inteligência Artificial na política começa a ganhar espaço em diferentes países. Na semana passada, a Albânia tornou-se a primeira nação a nomear uma ministra gerada por IA, encarregada da área de contratações públicas.
(Com informações para O Globo)
(Foto: Reprodução/Freepik/user20248055)
