Iniciativa Free Our Feeds propõe modelo independente e colaborativo para futuro das mídias sociais

Redes sociais – Celebridades e defensores da tecnologia estão unindo forças para apoiar a Free Our Feeds, iniciativa que tem como objetivo criar redes sociais livres do controle de grandes corporações ou bilionários. A proposta busca arrecadar US$ 30 milhões (cerca de R$ 182 milhões em três anos para o desenvolvimento de um ecossistema social independente, ancorado no protocolo aberto da Bluesky, o AT Protocol.

A Free Our Feeds visa criar uma fundação de interesse público e uma infraestrutura autônoma, garantindo acesso a conteúdos e dados postados na plataforma para usuários, desenvolvedores e pesquisadores. A ideia é construir uma governança colaborativa, onde as redes sociais não sejam propriedade de indivíduos ou empresas privadas.

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Criada como um projeto de pesquisa por Jack Dorsey, ex-CEO do antigo Twitter, a Bluesky tornou-se independente em 2021 e já atraiu milhões de investimentos. Com o AT Protocol, a plataforma se diferencia por promover interoperabilidade entre aplicativos sociais, incentivando uma web mais aberta e conectada.

Apesar dos avanços da Bluesky, a iniciativa alerta que redes sociais administradas no interesse público não devem ser governadas exclusivamente por empresas privadas. A iniciativa defende que a tecnologia da rede pode pavimentar um novo caminho para o futuro das plataformas digitais, tornando-as livres de interferências de bilionários ou grandes corporações.

O projeto será liderado por nove “guardiões”, incluído Nabiha Syed e Mark Surman, da Mozilla Foundation, que supervisionarão as decisões estratégicas. Esse modelo reflete a tendência crescente de descentralização, como observado na Mastodon, plataforma que recentemente anunciou sua transição para uma organização sem fins lucrativos.

A Free Our Feeds ganhou força após a aquisição do antigo Twitter por Elon Musk e as mudanças controversas feitas por Mark Zuckerberg na Meta. Esses eventos trouxeram à tona os riscos associados à centralização das mídias sociais, reforçando a necessidade de alternativas mais democráticas.

(Com informações de Olhar Digital)
(Foto: Reprodução)